Em visita na semana passada ao câmpus Nova Iguaçu da Universidade Rural (Instituto Multidisciplinar), o Reitor Ricardo Berbara esteve participando da reunião do CONCAMP (Conselho do Câmpus do IM/UFRRJ) e aproveitou para participar de algumas atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2019 (SNCT). Segundo ele, o envolvimento da Universidade Rural neste evento insere-se no esforço da aproximação da instituição acadêmica com o meio social que a cerca no âmbito da extensão, dialogando com as comunidades da Baixada Fluminense e das regiões metropolitanas do estado através das escolas e colégios dos ensinos fundamental e médio. O Professor Berbara assinalou que o objetivo desse diálogo é a discussão de alguns projetos que a universidade está desenvolvendo no campo da extensão e da pesquisa, os quais causam impacto na realidade social e ambiental no entorno da região. Como exemplo destes projetos, citou o que está relacionado com a Reserva Biológica do Tinguá, uma região muito disputada por forças ligadas à especulação imobiliária, ao extrativismo de madeira e de recursos naturais, setores esses interessados na mudança da categoria da reserva biológica para parque nacional.
O Reitor da UFRRJ considera o atual cenário político extremamente preocupante para o futuro da Educação no país. Definiu a Reforma da Previdência aprovada no Senado como exemplo de uma conjuntura extremamente adversa para as instituições educacionais públicas, o que exemplifica tal preocupação, pois vai impactar fortemente a carreira dos servidores públicos de um modo geral.
O professor Berbara apontou tal contexto como sendo de ataque constante do governo federal às universidades, e que demanda de nós, que atuamos no campo da Educação, uma reação mostrando à sociedade a importância estratégica do Ensino, da Pesquisa e da Extensão para o desenvolvimento sustentável, autônomo, científico, tecnológico e cultural de um país complexo como o Brasil. Ele considerou que a resposta que demos com a SNCT é tornar mais visíveis as nossas ações, de tal forma que tais ataques do governo possam ser contidos e muitas das perdas que sofremos possam ser revertidas, incluindo o quesito do orçamento universitário.
Descontingenciamento da verba
O Reitor da Rural anunciou que nessa última semana foram desbloqueados cerca de 23 milhões de reais, que haviam sido contingenciados em junho deste ano. Mas alertou que a Universidade Rural não terá uma folga no orçamento para apoio e fomento a grupos de pesquisa e extensão, a conclusão de obras, etc. Segundo ele, tais recursos financeiros recentemente liberados mal chegam a ser suficientes para o pagamento integral das faturas, como o salário dos terceirizados, bolsistas, o pessoal do Restaurante Universitário, além da manutenção predial, todos esses garantidos. Outras demandas, como a construção de um bloco de novas salas de aula para o IM e a ampliação do RU deverão aguardar, até que as coisas se normalizem. O Reitor também informou que todas as contas da UFRRJ encontram-se em dia com os pagamentos, sem dívidas pendentes. Ele lamentou que essa realidade não seja a mesma em outras universidades federais, que sofrem com o corte de verbas, tendo sérias dificuldades para honrar seus pagamentos, como o salário de seus trabalhadores terceirizados. Berbara se declarou bastante preocupado com o futuro, pois recebeu informações de que o cenário do orçamento em 2020 para as universidades federais será menor do que o de 2019.
O Reitor da UFRRJ aproveitou a ocasião para parabenizar toda a comunidade universitária por sua capacidade criativa de se reinventar, produzindo eventos como esse da Semana de Ciência e Tecnologia, que foi um sucesso para todos.
Ricardo Portugal – Assessoria de Imprensa do IM/UFRRJ
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