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Curiosidade e diversão: crianças participam de atividades de divulgação científica no câmpus Nova Iguaçu da UFRRJ

Instituto Multidisciplinar (IM) da UFRRJ, em Nova Iguaçu, onde ocorreram as atividades da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Estudantes da graduação e professores da UFRRJ ofereceram oficinas com atividades específicas para as crianças durante a 21ª edição da SNCT

A 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada de 14 a 17 de outubro, trouxe para os câmpus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) uma programação repleta de atividades que aproximaram a ciência do cotidiano de crianças e adolescentes. Em Nova Iguaçu, no Instituto Multidisciplinar (IM), oficinas e mostras científicas foram planejadas para divertir e estimular a curiosidade de alunos da Educação Básica, além de apresentar conceitos científicos.

Na quarta-feira, dia 16/10, cerca de 45 estudantes do Ensino Fundamental do CEPAENI – Oficina do Fazer conheceram o câmpus e participaram das atividades A geografia serve para fazer a guerra? Batalha naval com coordenadas geográficas (last-long)Dinâmica dos Continentes (Deriva Continental) e A ciência do relevo a partir da caixa de areia de realidade aumentada. 

A coordenadora pedagógica da escola iguaçuana, Jeane Lessa, destacou que a ida à Universidade proporcionou às crianças uma vivência prática dos conceitos estudados em sala de aula. Essa opinião é compartilhada por Lilian Pontes, professora da turma do 5º ano, que acrescentou: “É uma oportunidade única para as crianças trocarem conhecimento e aprenderem cada vez mais”, afirmou.

Coordenadas geográficas: Do jogo para vida

A batalha naval, organizada pelos estudantes de Licenciatura em Geografia da UFRRJ, fez sucesso com os pequenos. Em sua primeira visita à Rural, Manuela A. Silva, aluna do CEPAENI, aprovou a oficina e disse que estava impressionada com o tamanho do câmpus: “Aqui é maior do que eu imaginava”.

Mais do que se divertir, as crianças puderam consolidar o conhecimento sobre coordenadas geográficas. “Percebemos a dificuldade de algumas crianças em saberem o que é direita, o que é esquerda, leste, oeste, norte, sul. No jogo, elas conseguem assimilar esses conceitos de forma prática”, explicou Paulo Henrique Marcelina, aluno do 5º período.

Maysa Barros, discente do 7º período, pontua a relevância da aproximação dos universitários com os estudantes da Educação Básica. “Eles conhecem um outro âmbito de ensino, que irão acessar quando estiverem mais velhos. E, para gente [universitários] também é muito importante, já que somos da Licenciatura. Nem todos fizeram estágio ainda, então é uma oportunidade muito especial de ter esse contato com as crianças”. Além de Paulo e Maysa, também participaram da organização da oficina Cauã Adriano, Anna Clara Dias e Maria Mariana.

Recortando os continentes

Em outra sala, os alunos do 3º e 4º ano do CEPAENI – Oficina do Fazer estavam concentrados nas atividades de recorte propostas na oficina Dinâmica dos Continentes, sob o olhar atento de suas professoras e da coordenadora pedagógica Marizete Dias Barros. “Vimos o anúncio e achamos que seria interessante trazer os alunos para participarem das atividades e conhecerem o ambiente acadêmico que, afinal de contas, é da cidade deles, mas eles não têm muita oportunidade de conhecer. Também é importante para as crianças verem os universitários envolvidos, trabalhando. É uma forma de motivá-los a um dia também estarem estudando aqui”, compartilhou Marizete.

A oficina, coordenada por estudantes da Licenciatura em Geografia da UFRRJ, aborda a teoria da deriva continental. “A importância de trazer essa temática para crianças é de, basicamente, fazer com que elas possam compreender como funciona a dinâmica dos continentes, até mesmo, para que compreendam como que a própria paisagem que elas conseguem visualizar no dia a dia ocorre através desses processos de tectônica de placas”, explica Karen Guimarães, do 9º período. Também participaram da atividade Rogério Amaral, Gustavo Lima, Beatriz Narcizio e Lucas Gregório, discentes do 5º período.

A aluna do 4º ano do CEPAENI – Oficina do Fazer, Ana Clara G. de Castro, parou por um instante de recortar seus continentes para contar que sua mãe é estudante da UFRRJ. “Eu também quero estudar aqui quando crescer”, confidenciou.

A ciência do relevo

Enquanto isso, a turma do 5º ano já estava envolvida em outra discussão científica. Agora, sobre a ciência do relevo. Laura Delgado Mendes, professora do Departamento de Geografia do Instituto Multidisciplinar (IM/UFRRJ) apresentou para os alunos do Ensino Fundamental a caixa de areia de realidade aumentada. A ação integra o projeto de extensão universitária coordenado pela docente e contribui para popularizar os conhecimentos científicos sobre geomorfologia. “A partir da caixa de areia, conseguimos discutir uma série de assuntos ligados à transformação da paisagem, como o papel da água na dinâmica do relevo”, explica Laura, que complementa: “Educar sobre esse tema é fundamental, principalmente no contexto que vivemos hoje de mudanças climáticas”.

De olho na Educação Básica

Além destas atividades, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no câmpus Nova Iguaçu ofereceu uma programação diversificada e contribuiu para aproximar ainda mais a universidade pública da comunidade da Baixada Fluminense. De acordo com Edileuza Queiroz, pró-reitora adjunta de Extensão da UFRRJ, os esforços em torno da SNCT são justamente para alcançar o público externo, em especial os alunos da Educação Básica: “Aqui é um espaço deles. Então, eles precisam conhecê-lo para, um dia, ocupá-lo”.

Serviço

O projeto de extensão A ciência do relevo a partir da caixa de areia de realidade aumentada recebe visitas de grupos escolares durante todo o ano.

Para agendamentos e outras informações, entre em contato com lauradmendes@gmail.com

Texto e fotos: Michelle Carneiro, jornalista da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ)