A chapa “Por um IM de todas as letras” apresentou, no último dia 02/04, em dois horários (às 11 e às 18 horas) sua proposta para a comunidade universitária. A chapa é composta pelos professores Márcio Borges e Sara Fazollo, que concorrem ao cargo de Diretor e Vice-diretora do Instituto Multidisciplinar, na Consulta Pública marcada para os próximos dias 15 e 16 de abril.
Apenas esta chapa foi registrada para o processo de escolha da futura gestão do instituto.
O professor Márcio é do curso de Administração do IM, pós-Doutor e professor associado do Departamento de Administração e Turismo do instituto, além de vice-coordenador do mestrado e doutorado em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas.
A professora Sara é do Departamento de Letras do Instituto Multidisciplinar.
O Plano de Trabalho anunciado é composto por 10 itens, a saber:
De acordo com o professor Márcio Borges, tudo começa com o Planejamento. E, para tanto, será necessário a colocação das muitas propostas em prática, que não podem ficar apenas no campo da teoria e da narrativa. Será preciso desenhar esse plano estratégico e assim viabilizá-lo em sua funcionalidade.
O candidato a diretor do IM defendeu a necessidade prioritária do diálogo, que precisa existir em todas as instâncias da comunidade acadêmica, seja com a reitoria, com os estudantes, professores, servidores administrativos, coordenadores de curso, chefes de departamento, etc. Segundo ele, o objetivo é a interlocução para a troca de saberes, experiências e visões dos diferentes contextos da vida universitária.
Borges ressaltou que a gestão compartilhada que pretende implantar na gestão do Instituto Multidisciplinar será embasada num colegiado maior, o mais amplo possível. Como exemplo, ele citou uma orquestra, onde o maestro inicia, conduz, dá o tom e o ritmo. No entanto, ele sabe que precisa dos músicos que a compõem para que a exibição tenha pleno êxito. Ou seja, a decisão da direção precisa sair do coletivo, como fruto de um consenso democrático.
Panorama preocupante da situação universitária na Baixada
Um cenário preocupante na Baixada Fluminense é o panorama atual das condições materiais das universidades, onde a precariedade das instalações é a tônica predominante. O professor fez questão de assinalar que é justamente essa questão que o motivou a aceitar o desafio de comandar o IM, pelos próximos quatro anos. E nesse contexto, teceu críticas ao CONSUNI (Conselho Universitário do câmpus Nova Iguaçu da UFRRJ), o qual – segundo ele – virou uma instância meramente deliberativa e processual, onde a burocratização formal rege o seu funcionamento.
Ele também opinou ser favorável ao diálogo com o território em que o IM está inserido, como espaço de reflexão e extensão. “A universidade precisa interagir com o seu entorno, envolvendo as comunidades vizinhas no processo de difusão do conhecimento e dos múltiplos saberes”. Outro dado apontado pelo candidato a diretor do Instituto Multidisciplinar é o incremento à pesquisa, a busca de novos investimentos, além da interlocução com segmentos políticos na perspectiva das emendas parlamentares.
O professor Márcio fez uma breve menção à logomarca de sua chapa. Ela é formada por três palavras cruzadas: Diálogo, Respeito e Ação, um trinômio que vai embasar a futura gestão do IM. Ele concluiu enfatizando que o ensino público deve continuar a ser gratuito e eficazmente qualificado, dando condições de alcance aos estudantes para sua plena emancipação.
Já em sua intervenção durante a apresentação da chapa, a professora Sara Fazollo afirmou que ela e o professor Márcio Borges pretendem colher sugestões de contribuições para o enriquecimento do plano de trabalho apresentado, sempre na perspectiva do compartilhamento da gestão, pautada no diálogo e sempre ouvindo os segmentos da universidade.
A candidata a vice-diretora do instituto fez questão de destacar a importância da Democratização, que consta na plataforma de trabalho dos futuros gestores, na busca da parceria constante com os diversos departamentos do IM, procurando publicizar ao máximo seus eventos, realizações e atividades.
No quesito Gestão Acadêmica, ela assinalou que a ideia central é aquela na qual a instituição deva sempre estar conectada à contemporaneidade dos fatos da sociedade, procurando – na medida do possível – atender às demandas de professores e estudantes. Quanto à gestão da estrutura física das instalações do câmpus da UFRRJ em Nova Iguaçu (onde o IM está localizado), Fazollo anunciou que os novos gestores vão buscar meios e maneiras para melhorar as atuais e precárias instalações, citando como exemplo o auditório Bruno Rodrigues de Almeida, onde os aparelhos de ar condicionado encontram-se todos defeituosos, tornando o local abafado e sem condições de uso. Para isso, a professora Sara anunciou que contatos já estão sendo feitos com políticos detentores de mandato no sentido da formulação de emendas parlamentares que viabilizem recursos externos para a nossa instituição universitária.
Um outro dado a ser desenvolvido é a relação com a Administração Central da Universidade Rural. Márcio e Sara, como gestores do IM, vão buscar uma interlocução maior com a Reitoria e as Pró-reitorias, com foco nas necessidades atuais do IM. É projeto também da chapa “Por um IM de todas as letras” buscar parcerias com o público externo à universidade, com as escolas do ensino básico da Baixada Fluminense e os diversos atores comunitários, buscando desenvolver e aprimorar a extensão no aspecto da territorialização e do meio ambiente. Concluindo, ela apontou a questão da Presencialidade, garantindo que a nova administração do Instituto Multidisciplinar estará sempre presente para o atendimento de todas as demandas da comunidade universitária, que não ficarão sem respostas.
Por Ricardo Portugal – Assessoria de Comunicação do IM/UFRRJ
Professores Márcio Borges e Sara Fazollo, na apresentação da Chapa “Por um IM de todas as letras”
Público presente à apresentação da chapa “Por um IM de todas as letras”
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